post #11 fazemos um live ?

Nesta terrível tempestade que atravessamos, algo de bom já aconteceu. As pessoas deste sector desataram a querer falar umas com as outras. É bom ? sim, é óptimo, até à pouco dizia-se que comunicávamos pouco uns com os outros. Só que …, como somos estreantes nesta ferramenta, os lives a que assisti até agora, pecam por falta de organização e tema. Não têm propósito. E não havendo um foco … começamos a falar e vamos por aí afora sem governo e sem filtros.

O último, a que assisti, fiquei de boca aberta. Falava-se de comida, o grande tema! mas também de como os mesmos ainda apresentam dificuldades. Ao longo desta conversa e porque o tema é muito vasto, entrou-se rapidamente, numa converseta um pouco irresponsável e sem sentido.

Não pretendemos dar lições sobre o assunto, mas o seu a seu dono. Se me perguntarem se os caterings são todos fantásticos ? responderei que uns são melhores que outros, mas o que interessa e que pode esclarecer devidamente o cliente é que sem excepções, todos tem as mesmas regras de actuação, sujeitos a uma apertada fiscalização e…. todos primam por serem os melhores. Uns conseguem melhor que outros mas todos se esforçam e o resultado geral não é bom é muito bom.

Todos temos direito à nossa opinião, mas o sector necessita que sejamos todos mais responsáveis e mais assertivos. Reduzir o esforço dos últimos tempos a afirmações pouco pensadas não é de todo, contribuir para a melhoria da oferta e para a imagem dum parceiro tão importante no mercado dos eventos e do casamento em especial.

E não é porque temos clientes do exterior, que deveremos trabalhar fora do nosso ADN. A gastronomia portuguesa é muito especial e talvez única. Todos sabemos como comer é um caso importante e como é para nós um factor cultural e social de relevância. E não, os caterings não sabem só servir bacalhau. Mas mesmo que assim fosse, quem não sabe que o bacalhau é o “caviar dos tugas” ainda não aprendeu muito sobre a cultura portuguesa e a nossa gastronomia.

Para rematar o assunto, não podemos dizer que queremos muito não só fazer casamentos, mas, sobretudo, vender experiências. Não posso estar mais de acordo. Mas se é isso temos que vender o bacalhau e outras iguarias da nossa história comestível gente! O que não faz sentido é vendermos o modelo do cliente que nos escolhe para casar. Isso é algo sem sentido. O bom é acondicionar “o nosso” e “o deles” e apresentar uma experiência inesquecível. O que não acrescenta valor ao dinheiro gasto, é um mau negócio. Para nós e para quem vem.

Vender o que nos orgulha e que é bem feito, acrescenta valor ao nosso trabalho. Querer ser como todos não nos distingue. E sim, façamos muitos lives, mas com (algum) propósito e com um discurso assertivo. No meio de nós, também está o nosso cliente e não convém passar mensagens erradas. O mercado somos todos nós e todos somos responsáveis pela sua qualidade.

Continuem a cuidarem-se, a tempestade ainda não passou.

XoXo | Mª João

imagem | catering FORA DE CASA

imagem | catering FORA DE CASA

não ao prato do dia !

à semelhança da decoração, estilo de festa e por aí fora, o casamento tem mudado e muito. No que diz respeito à bela comidinha, longe vai o tempo da torre de marisco, do bacalhau conventual e da vitela estufada e ainda bem. Mas o que queremos agora ? Tudo o que podemos ter num bom restaurante é claro. Mesmo com algumas pequenas adaptações, os Noivos de hoje querem uma ementa flexível, cheia de sabores do mundo e muito criativa.

Estará a pensar que tudo isto é muito bonito mas difícil de pôr em prática, pois engana-se. Nos dias de hoje, os caterings tem esta e muitas outras ofertas, rivalizam na apresentação, nos pratos mais exóticos e no alinhamento do serviço. A si só lhe resta escolher o melhor.

Para ficar a pensar no assunto, deixamos-lhe aqui algumas sugestões. Não esqueça que o que vai servir deve ter sempre em conta, o espaço da festa e por isso, escolhemos duas sugestões, uma para o ar livre e outra para um espaço mais formal e fechado.

Para um casamento no campo ao ar livre : cada vez mais esticamos o tempo do cocktail e muito bem, este é o tempo de gozar o bom tempo, esperar pelo pôr do sol, trocar sorrisos e namoriscar um bocadinho. Aqueça o ambiente com peças bonitinhas e saborosas, atreva-se com canapés exóticos e vegetais ao piri-piri.  Esqueça os vinhos e as sangrias como bebidas únicas, traga para o terreno bebidas com sabores tropicais e aposte numa bela piña colada, uns mojitos de morrer e se se atreve, uma Tequila das boas. Sirva tudo naqueles frascos gordinhos e bonitos, para que cada um se sirva à vontade. Para o jantar, aposte mesmo num prato único e da melhor cozinha da região, seja um assado rústico, ou um guizado da avozinha, gostamos de comida honesta , saborosa e que atravessa os tempos sem rugas. Para o depois, uma mesa bem recheada de doces e queijos locais impõe-se. Deixe o tiramisu para outra altura. E se suspeita que a noite vai ser muito looooonga, surpreenda não com uma ceia mas com um pequeno-almoço adiantado. Ovos, torradinhas, patés, sumos naturais e para aconchegar o estômago ... um robusto chocolate quentinho.

Para um casamento citadino e um pouco mais formal, a nossa sugestão de cocktail pode ser a mesma. Estique o máximo a hora da recepcção mas não obrigue os seus convidados a um jantar demasiado longo. Invista numa entrada sofisticada, um prato principal mais ou menos consensual (um belo pedaço de carne confitada ou um posto de comida do mar sempre a bombar uns grelhadinhos super saborosos). Um prato vegetariano é nos dias de hoje, quase obrigatório e pode muito bem fazer as delícias de todos. Para o entretém pós jantar, três variedades de queijos e um sortido de sobremesas finalizadas ao momento, darão o toque mais refinado. Para fechar a noite, esqueça o caldo verde e os pastéis de Nata (é tudo bom claro, mas já não se aguenta encontrar sempre o mesmo) sirva umas panquecas estilosas acompanhadas de doce ou algo salgado, ou mesmo umas mini pizzas rebuscadas e apetitosas. E para ver o pôr do sol chegar, o último brinde com um espumante bem português e de alta qualidade.

tchim, tchim

quando chega a hora dos abraços e das felicitações, é sempre bom que o bar esteja à altura do acontecimento. Muitas vezes deixado um pouco ao sabor das circunstâncias, o bar pode tornar-se o cantinho mais especial da festa. Pense na apresentação das bebidas, imagine um cocktail especial e decore q.b. a zona.