post #30 O ENORME VALOR DAS COISAS PEQUENAS parte2

Este mail era para ter sido publicado há uma semana, mas ainda bem que não foi. E porquê? porque de repente, chegaram as novidades que esperamos há tanto tempo: finalmente podemos recomeçar a trabalhar!

Ora o que intencionalmente seria um post sobre os "novos casamentos", sim, os pequenos ou intimistas como lhe queiram chamar, tudo de repente mudou.

Vamos iniciar (mais uma vez) o desconfinamento e... na minha opinião, sem regras claras e precisas. Casuisticamente, será a capacidade do espaço, a definir o tamanho do casamento. Espera-se um regabofe! A nossa criatividade é enorme, é só pena que dê resultados tão terríveis a maior parte das vezes.   

Sendo uma optimista incorrigível, espero que esta onda de entusiasmo baixe de tom à medida que se irão detectando situações de "desvairo absoluto". E virão de ambos os lados: Noivos e profissionais do sector. A sede de fazer dinheiro a qualquer custo, tolda o espírito e remete o bom senso para as urtigas. A pressão será grande e a ausência de um sentido comum para o sector a cereja no topo do bolo.

Mas voltando ao tema..., e inspirando-nos naquilo que pode ser uma tendência a considerar nos próximos tempos, o paradigma dos casamentos grandes pode muito bem estar em "mutação". Por cá, o assunto não se discute (ainda?), mas se calhar no intervalo dos mega casamentos, podemos ir pensando no assunto.

Questão para uma saudável discussão:

Será que planear para 20/30 é o mesmo que para 100/120? O princípio é o mesmo mas pelo meio muita coisa será objectivamente diferente. Desde logo...

  • animação: o modelo Dj+pista torna-se de todo "too much" para um pequeno grupo de 20 pessoas. A pista precisa de gente animada e um grupo (robusto) que se mostra e quer ser visto. Este será um desafio à nossa imaginação e criatividade.

  • para que o dia seja animado e interessante, o modelo cerimónia+cocktail+refeição+festa, poderá, sofrer alguns acertos de modo a não se tornar ao fim de um par de horas, um pouco decepcionante e desinteressante. O "mood" do dia poderá ter que ser revisto. Encontrar novos pontos de interesse será o grande desafio. Seja através de pequenos apontamentos musicais ou, algo que seja do interesse comum do pequeno grupo.

  • as contas que fazíamos por mesa poderão deixar de fazer sentido, bem como por convidado. Um novo paradigma de preços poderá estar a caminho.

  • os budgets duma forma geral podem encolher um pouco, mas a verdade é que podemos esperar que novos hábitos surgirão,  o que pode tornar esta questão irrelevante.

  • a situação que conhecíamos até agora: "um casamento, um dia", pode também deixar de fazer sentido. Quando for permitido mais gente por evento, acredito que haverá situações em que os Noivos irão celebrar em dois tempos diferentes, o seu casamento. O dia da cerimónia e o dia da celebração. Tudo poderá deixar de se jogar num só dia.

  • a poupança em convidados, pode ser canalizada para detalhes mais interessantes e qualitativos. Menos gente mas decoração, flores, e apontamentos mais refinados e diferenciadores.

  • as cerimónias serão certamente momentos com maior prestígio. Estar presentes neste momento mais intimo e especial pode passar a ser um privilégio (só) para alguns.

Em resumo: voltarmos aos grandes casamentos em total segurança, poderá demorar ainda algum tempo. Os factores dos quais depende esta situação, são complicados e não terão uma resposta rápida. Por outro lado, quando o clima for mais propício, o factor medo ainda irá perdurar nas nossas cabeças.

Interessante mesmo, será assistir aos novos hábitos que no entretanto iremos todos desenvolver "neste tempo do nosso descontentamento".

Como sempre, ouvir a sua opinião é importante!

Bisou, Mª João

IMG_9935~photo.PNG

post #19 querido Verão

Bem vindos ao mês de Junho. O mês dos dias grandes, do meu aniversário, dos Santos Populares, do dia de Camões e das Noivas de Stº António. É todo um mês, cheio de festas populares, festejos de santos. Dia de Portugal, de começar a ir à praia, jantares longos e temperaturas. Para mim, o Verão começa no 1º dia de Junho, a minha cabeça entra em modo Verão e gosto de pensar que a vida pode mudar tal como a estação. Mais tempo para aproveitar o sol, a temperatura amena, os petiscos em vez de jantares sérios, reencontrar os amigos com mais tempo enfim … férias da vida séria, dos compromissos sem sentido, um curto espaço de tempo para sermos menos exigentes connosco e abrandar para sermos mais nós.

Nos últimos doze anos, nunca foi possível olhar o Verão como um tempo de férias. A actividade assim o exigiu. Trabalhar de sol a sol. O Verão, é a época crítica dos “trabalhadores” dos casamentos. A família fica em modo stand by, os petiscos, a praia e o pôr do sol. Tal qual uma formiguinha, ao fim dum mês já nada importa nem faz sentido. Este é/era até agora, o panorama. Mas depois veio o bicho e paramos a nossa vida. Voltamo-nos para a família, assim que ouvimos que a praia ia abrir corremos para lá. Despejamos a gaveta dos projectos adiados e começamos a ter tempo para pensar. Jantamos no zoom, matamos saudades no Skype e… timidamente, começamos a re encontrar as caras das nossas vidas. Ainda não desconfinei totalmente, as notícias voltaram a ser incomodas e nada tranquilizadoras, mas o Junho está aí e ao fim de doze anos quero/espero não pôr nada em stand by ! afinal de contas continuamos por cá ! e com mais tempo para nós, para os nossos e para o que queremos fazer a seguir. Ás vezes aceitarmos o que a vida nos dá tem um certo encanto. Mete medo ao princípio, mas depois respiramos fundo e arregaçamos as mangas. Mas primeiro vamos gozar o querido Junho, mês 6 do calendário o mês de estrear sandálias novas e começar a caminhar pelo Verão afora.

Fiquem bem !

XoXo | Mª João

cabelos de princesa

cada vez mais importante, os enfeites que completam um penteado sofisticado, deixaram mesmo de ser, isso mesmo:  "acessório" !