à medida que vamos libertando a nossa “liberdade”, as vozes vão crescendo. Queremos voltar a casar ! queremos saber como podemos fazê-lo, mas sobretudo, continuar a ganhar dinheiro, sobreviver! Os noivos (alguns) querem casar a toda a força, e alguns fornecedores cavalgam a onda. A gritaria é cada vez maior: contra o governo, contra a ausência de medidas, contra a demora da abertura, enfim contra tudo e todos.
O ruído da rede social é só isso mesmo, ruído... não se vislumbra uma atitude de consciência social, um plano para o futuro. Ouvimos de tudo, e muitas soluções estranhas para casar já! ou, amanhã! Juntamos a isto, a desinformação que se passa aos clientes: a falta de apoios, a pressão para encostar certas empresas à parede. Todo um movimento estranho e que me deixa a pensar, se os seus promotores não equacionam, que amanhã poderão ser eles, a estar na mira do movimento e terem que adaptar os seus preços — ATÉ -50% —.
Voltando ao que interessa: o cliente ! o que estamos a fazer? estamos de facto a ouvir os Noivos ou ouvimos o que queremos ouvir? Na minha opinião, não sei o que os Noivos verdadeiramente querem.
será casarem de máscara ? eles e todos os outros?,
estarão dispostos a pagar uma animação, para terem 10 gatos pingados a dançarem à distância?
quererão sentarem-se a uma mesa com os seus convidados de forma distante e sem graça?
e as imagens, vamos fotografar o quê? todos em linha e a 2m de cada um?
Estamos só a criar expectativas, para salvar o negócio de cada um. Estamos a apressar uma situação que não controlamos, sabemos sim, que até existir uma vacina ou um medicamento maravilha, a nossa vida não será como era. Isto é o que sabemos e a única certeza que temos. Posto isto, o que fazemos para apaziguar os Noivos?
antes de tudo, esperar pelo novo normativo para o sector. Todos teremos que nos adaptar, e criar novas condições para prestar os serviços,
estaremos a cumprir o nosso papel, apelando à paciência e ao bom-senso dos nossos clientes?,
estaremos a advertir para as nossas novas responsabilidades que nos esperam?,
estamos a cumprir o dever cívico de alertar para o cumprimento do dever de cada um, na proteção da comunidade?,
Não desperdicemos a enorme oportunidade, que temos em mãos!. É como recomeçar tudo de novo, mas desta vez, com mais consciência, sem pressas, com maior foco nas condições e no nosso próprio negócio. O sector precisa duma voz e dum crescimento mais sustentável. Precisamos de melhor concorrência, mais conhecimento inter-pares, mais empatia e maior responsabilidade. Devemos serenar os Noivos, ajudar a criar um diálogo são e isento de pânicos. Não devemos acarinhar pressas desnecessários ou prometendo cenários híper optimistas. Devemos madurar sobre o futuro, que tipo de casamentos teremos pela frente e como os iremos realizar. Até lá e enquanto não estiverem reunidas as condições ideais, nada será como dantes.
Fiquem bem. Agora sim, vamos passar uma prova. Estaremos por nossa conta e precisamos de estar à altura das circunstâncias.
Naquele dia Todos somos Um!
XoXo | Mª João