Infelizmente, o assunto dominante continua a ser, recomeçar a qualquer custo ! mas agora junta-se a este uns milhões vindos não se sabe bem de onde. Compreende-se, muito bem, a vontade que temos todos de recomeçar e por duas razões: precisamos de assegurar a nossa sobrevivência e, retomar as nossas actividades e sim, estamos a olhar com atenção, para saber quando e como.
Mas o quando e como, não depende directamente de nós. Descobrimos muito cedo nesta enorme crise sanitária, que a vida muda de um dia para o outro e que não eramos assim tão fortes. Serenamente, teremos que aguardar que os novos cenários surjam e só depois, tentar transformar as nossas fraquezas em forças.
O que é desconcertante é assistir a toda uma movimentação de fora para dentro. Empresas que não tem qualquer ligação à festa do casamento em si, a tomar como seu próprio prejuízo, a paragem a que estamos sujeitos. Precisamos de saber a origem dos milhões que crescem com uma rapidez estonteante, precisamos conhecer com transparência, os resultados de inquéritos que nos apontam dados para os quais se podem tirar as conclusões que melhor servem aos objectivos de terceiros. Em resumo, precisamos de tomar conta da nossa vida e não passar um cheque em branco, a entidades que não são nossos parceiros directos.
Entendo a amabilidade e o interesse na nossa situação financeira. Se não facturamos, dificilmente teremos dinheiro para investir em feiras ou portais. Mas não há almoços grátis. Isto não passa duma ajuda interessada: engordemos a galinha para depois comer a galinha.
O que precisamos agora é de ir mais longe.
Avaliar os nossos negócios, pensar no futuro e na sua sobrevivência face a períodos de crise. Preparar uma oferta mais diversificada e consistente. Não pôr os ovos todos no mesmo cesto e, assegurar uma rectaguarda que nos possa levar a bom porto.
Continuar a dialogar com os clientes. Não temos soluções na manga, mas temos a certeza que daqui a algum tempo, teremos de novo, “procura” para desenhar e pôr de pé grandes festas de celebração de casamentos. #CASAREMOSSEMPRE!. Passada esta crise, nós e os nossos clientes, estaremos mais certos sobre o acessório e o essencial para as nossas vidas. É para esse essencial, que devemos apontar a nossa bateria criativa e o nosso esforço mental. Mas só falando com o cliente é que afinamos esse dado tão importante.
Precisamos de continuar este dialogo que iniciamos, e no qual ainda tropeçamos. Falarmos de forma saudável uns com os outros, partilharmos experiências, medos e dúvidas. Respeitarmo-nos uns aos outros, aceitar as diferenças mas, sobretudo, agirmos em conjunto e sermos donos do nosso conhecimento, expertise e futuro. Conhecermos a fundo “nossa bolha” é essencial.
caminharmos para uma sã e alargada discussão: qual o nosso ADN, quantos somos, que peso temos na economia, que tipos de profissionais agregamos, que direitos e deveres estamos sujeitos. Mapearmos os “casamentos” no território-somos todos UM, mas com exigências e clientes diferentes, conforme a região onde operamos.
Precisamos duma conversa nacional e profunda sobre o assunto!
Fiquem bem e a hora não é para ir atrás de promessas. A hora é para tranquilamente, prepararmos o futuro de todos nós.
XoXo | Mª João