post #19 querido Verão

Bem vindos ao mês de Junho. O mês dos dias grandes, do meu aniversário, dos Santos Populares, do dia de Camões e das Noivas de Stº António. É todo um mês, cheio de festas populares, festejos de santos. Dia de Portugal, de começar a ir à praia, jantares longos e temperaturas. Para mim, o Verão começa no 1º dia de Junho, a minha cabeça entra em modo Verão e gosto de pensar que a vida pode mudar tal como a estação. Mais tempo para aproveitar o sol, a temperatura amena, os petiscos em vez de jantares sérios, reencontrar os amigos com mais tempo enfim … férias da vida séria, dos compromissos sem sentido, um curto espaço de tempo para sermos menos exigentes connosco e abrandar para sermos mais nós.

Nos últimos doze anos, nunca foi possível olhar o Verão como um tempo de férias. A actividade assim o exigiu. Trabalhar de sol a sol. O Verão, é a época crítica dos “trabalhadores” dos casamentos. A família fica em modo stand by, os petiscos, a praia e o pôr do sol. Tal qual uma formiguinha, ao fim dum mês já nada importa nem faz sentido. Este é/era até agora, o panorama. Mas depois veio o bicho e paramos a nossa vida. Voltamo-nos para a família, assim que ouvimos que a praia ia abrir corremos para lá. Despejamos a gaveta dos projectos adiados e começamos a ter tempo para pensar. Jantamos no zoom, matamos saudades no Skype e… timidamente, começamos a re encontrar as caras das nossas vidas. Ainda não desconfinei totalmente, as notícias voltaram a ser incomodas e nada tranquilizadoras, mas o Junho está aí e ao fim de doze anos quero/espero não pôr nada em stand by ! afinal de contas continuamos por cá ! e com mais tempo para nós, para os nossos e para o que queremos fazer a seguir. Ás vezes aceitarmos o que a vida nos dá tem um certo encanto. Mete medo ao princípio, mas depois respiramos fundo e arregaçamos as mangas. Mas primeiro vamos gozar o querido Junho, mês 6 do calendário o mês de estrear sandálias novas e começar a caminhar pelo Verão afora.

Fiquem bem !

XoXo | Mª João

post #18 não deixem fugir a oportunidade

Acredito que o futuro pode ser mais interessante que o passado ou o presente. Muita relações tremeram durante o confinamento, mas também muitas reforçaram-se e comprometeram-se. Para essas que no meio de toda a confusão, preocupação e medo, conseguiram dizer, chegamos juntos aqui e queremos que seja para a vida. Para esses, o tempo futuro (que é agora) é o melhor tempo de todos, para preparar o grande dia. Por isso … não deixem fugir esta oportunidade!

Mesmo que os casamentos retomem no imediato, desculpem a crueza da opinião, não serão casamentos sem prejuízo. Prejuízo para os Noivos que estarão a olhar por cima do ombro, à cata do que pode não correr bem. Para os fornecedores que estarão na linha da frente do evento, a preocupação do passo errado e o desconforto das novas situações, não deixarão margem para erros.

Mas para os Noivos do próximo ano, é todo um novo caminho a percorrer. Cheio de enorme motivação e com a esperança de que serão os primeiros duma nova era, passada a tormenta. Mas até chegarmos a esse momento, deixem-me chamar a vossa atenção para todos os que estão sem trabalhar, à espera dessa nova caminhada. Vão ser meses duros. Dois já passaram, e mais do que não facturarem, é a ausência de contactos, o olhar para a agenda e vê-la em branco. É a falta de acção, a ausência de pedidos, a falta de contacto com os seus clientes e pares. Vivemos de tudo isto, o nosso dia a dia é feito de contactos, decisões e depois começar a criar. Somos fazedores de dias felizes, festas e soluções especiais para cada casal que nos contacta.

Não deixem fugir a oportunidade, está na altura certa de escolherem os melhores. Agora todos estão com tempo, uma conversa será bem vinda, responderão com mais vontade, estarão mais atentos ao que procuram. Sejam generosos com toda esta grande equipa de norte a sul que fazem casamentos, todos os anos e sempre com uma grande capacidade de reinvenção e criatividade que faz de cada casamento - o casamento! Comecem a fazer girar a roda, vocês precisam de formiguinhas para chegar ao vosso dia. Estes profissionais precisam que a roda não fique parada. Precisam do vosso suporte, da vossa procura e, sobretudo de acreditar que este tempo vai passar e que voltaremos a criar grandes dias, como sempre o fizemos.

Vamos a isso ? No entretanto, fiquem bem, protejam-se e protejam.

#CASAREMOSSEMPRE

XoXo | Mª João

conceito, styling & flores | Design Events Wedding  //  imagem | Gustavo Simões  // estacionário | A Pajarita

conceito, styling & flores | Design Events Wedding // imagem | Gustavo Simões // estacionário | A Pajarita

post #17 deixem-se de coisas ! ...

hoje o post é mesmo só para os Noivos, que estão em modo de adiamento. Especialmente para eles e em jeito de trendsetter dos casamentos, deixo-vos várias pistas para 2021, pois se tudo correr pelo melhor, iremos por essa altura, retomando alguma normalidade, fazendo bonitas festas e celebraremos como nunca. Às vezes o melhor ainda está para vir e vamos focar-nos naquilo que pode muito bem vir a ser “a nova maneira de casar”.

  • Mini casamentos até 50 pessoas. Pode muito ser o tal número mágico para sair devagarinho, da zona negra do covid. Gostamos muito deste tipo de casamento, porque, todos tem tempo para matar saudades, fazer novos amigos e rever a família. Na cidade ou no campo, o que vai tornar este casamento inesquecível, é a escolha do espaço, com história, que ofereça um serviço irrepreensível e todo um ambiente elegante e acolhedor. Este casamento pede um convite à altura, cocktails em vez de bar aberto, um menú mais cuidado, e uma festa que não se fique pelo Dj.

  • Avançamos com a data marcada, mas só para a cerimónia. Boa decisão ! Serão talvez um grupo de dez, mas nem por isso menos importante. Mimem esse grupo que terão imenso orgulho em dizer mais tarde que foram os únicos, a poderem contar como foi. Refinem o assunto. Caso não tenham jeito para passar à escrita o que sentem, encomendem os vossos votos. Para além do fotografo já contratado, se não o fizeram, pensem no vídeo. É a altura indicada para usar este serviço e mostrar mais tarde como foi. Porque não celebrar em seguida e em pequeno comité, num bom restaurante ou num hotel simpático? Agora só para as Noivas, o dress code: guardem o vestido mais tradicional para depois … aproveitem e comprem um vestidaço só para a cerimónia. Por mim começava já a escolher e quem diz vestido … diz sapatos.

  • Casados em 2020, festejos em 2021. Adivinham-se festas rijas. Talvez mais pequenas mas não menos divertidas. Eu acho mesmo, que vão ser mais bonitas, mais cuidadas e menos “queima-das-fitas”. Conhecido o código de segurança, comecem a pensar no assunto.

  • Casar no meio do campo. Já era uma tendência, mas acreditamos que vai ser a “tendência de 2021”. Ar puro, espaço, todas as disposições possíveis e o encanto do fogo, das estrelas e do cheiro da natureza. Se desistiu do espaço e anda a ver alternativas, deixamos aqui algumas sugestões: alugar uma casa para o núcleo seguro e aproveitar todo o espaço outdoor. Turismo rural em exclusividade e com serviço à porta. Hotéis no campo ou praia com casas individuais. O serviço de refeições e material estarão assegurados e a segurança também.

Menos nervosos ? espero que sim. Seja qual for a decisão é tudo uma questão de tempo, e já sabem … #CASAREMOS SEMPRE

fiquem bem e vamos falando por aqui.

XoXo | Mª João

Conceito, styling & flores | Design Events imagem | Gustavo Simões Photography

Conceito, styling & flores | Design Events imagem | Gustavo Simões Photography

post #16 transparência e futuro, precisa-se !

Infelizmente, o assunto dominante continua a ser, recomeçar a qualquer custo ! mas agora junta-se a este uns milhões vindos não se sabe bem de onde. Compreende-se, muito bem, a vontade que temos todos de recomeçar e por duas razões: precisamos de assegurar a nossa sobrevivência e, retomar as nossas actividades e sim, estamos a olhar com atenção, para saber quando e como.

Mas o quando e como, não depende directamente de nós. Descobrimos muito cedo nesta enorme crise sanitária, que a vida muda de um dia para o outro e que não eramos assim tão fortes. Serenamente, teremos que aguardar que os novos cenários surjam e só depois, tentar transformar as nossas fraquezas em forças.

O que é desconcertante é assistir a toda uma movimentação de fora para dentro. Empresas que não tem qualquer ligação à festa do casamento em si, a tomar como seu próprio prejuízo, a paragem a que estamos sujeitos. Precisamos de saber a origem dos milhões que crescem com uma rapidez estonteante, precisamos conhecer com transparência, os resultados de inquéritos que nos apontam dados para os quais se podem tirar as conclusões que melhor servem aos objectivos de terceiros. Em resumo, precisamos de tomar conta da nossa vida e não passar um cheque em branco, a entidades que não são nossos parceiros directos.

Entendo a amabilidade e o interesse na nossa situação financeira. Se não facturamos, dificilmente teremos dinheiro para investir em feiras ou portais. Mas não há almoços grátis. Isto não passa duma ajuda interessada: engordemos a galinha para depois comer a galinha.

O que precisamos agora é de ir mais longe.

  • Avaliar os nossos negócios, pensar no futuro e na sua sobrevivência face a períodos de crise. Preparar uma oferta mais diversificada e consistente. Não pôr os ovos todos no mesmo cesto e, assegurar uma rectaguarda que nos possa levar a bom porto.

  • Continuar a dialogar com os clientes. Não temos soluções na manga, mas temos a certeza que daqui a algum tempo, teremos de novo, “procura” para desenhar e pôr de pé grandes festas de celebração de casamentos. #CASAREMOSSEMPRE!. Passada esta crise, nós e os nossos clientes, estaremos mais certos sobre o acessório e o essencial para as nossas vidas. É para esse essencial, que devemos apontar a nossa bateria criativa e o nosso esforço mental. Mas só falando com o cliente é que afinamos esse dado tão importante.

  • Precisamos de continuar este dialogo que iniciamos, e no qual ainda tropeçamos. Falarmos de forma saudável uns com os outros, partilharmos experiências, medos e dúvidas. Respeitarmo-nos uns aos outros, aceitar as diferenças mas, sobretudo, agirmos em conjunto e sermos donos do nosso conhecimento, expertise e futuro. Conhecermos a fundo “nossa bolha” é essencial.

  • caminharmos para uma sã e alargada discussão: qual o nosso ADN, quantos somos, que peso temos na economia, que tipos de profissionais agregamos, que direitos e deveres estamos sujeitos. Mapearmos os “casamentos” no território-somos todos UM, mas com exigências e clientes diferentes, conforme a região onde operamos.

Precisamos duma conversa nacional e profunda sobre o assunto!

Fiquem bem e a hora não é para ir atrás de promessas. A hora é para tranquilamente, prepararmos o futuro de todos nós.

XoXo | Mª João

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post #15 pandemia, casamento & ganância

à medida que vamos libertando a nossa “liberdade”, as vozes vão crescendo. Queremos voltar a casar ! queremos saber como podemos fazê-lo, mas sobretudo, continuar a ganhar dinheiro, sobreviver! Os noivos (alguns) querem casar a toda a força, e alguns fornecedores cavalgam a onda. A gritaria é cada vez maior: contra o governo, contra a ausência de medidas, contra a demora da abertura, enfim contra tudo e todos.

O ruído da rede social é só isso mesmo, ruído... não se vislumbra uma atitude de consciência social, um plano para o futuro. Ouvimos de tudo, e muitas soluções estranhas para casar já! ou, amanhã! Juntamos a isto, a desinformação que se passa aos clientes: a falta de apoios, a pressão para encostar certas empresas à parede. Todo um movimento estranho e que me deixa a pensar, se os seus promotores não equacionam, que amanhã poderão ser eles, a estar na mira do movimento e terem que adaptar os seus preços — ATÉ -50% —.

Voltando ao que interessa: o cliente ! o que estamos a fazer? estamos de facto a ouvir os Noivos ou ouvimos o que queremos ouvir? Na minha opinião, não sei o que os Noivos verdadeiramente querem.

  • será casarem de máscara ? eles e todos os outros?,

  • estarão dispostos a pagar uma animação, para terem 10 gatos pingados a dançarem à distância?

  • quererão sentarem-se a uma mesa com os seus convidados de forma distante e sem graça?

  • e as imagens, vamos fotografar o quê? todos em linha e a 2m de cada um?

Estamos só a criar expectativas, para salvar o negócio de cada um. Estamos a apressar uma situação que não controlamos, sabemos sim, que até existir uma vacina ou um medicamento maravilha, a nossa vida não será como era. Isto é o que sabemos e a única certeza que temos. Posto isto, o que fazemos para apaziguar os Noivos?

  • antes de tudo, esperar pelo novo normativo para o sector. Todos teremos que nos adaptar, e criar novas condições para prestar os serviços,

  • estaremos a cumprir o nosso papel, apelando à paciência e ao bom-senso dos nossos clientes?,

  • estaremos a advertir para as nossas novas responsabilidades que nos esperam?,

  • estamos a cumprir o dever cívico de alertar para o cumprimento do dever de cada um, na proteção da comunidade?,

Não desperdicemos a enorme oportunidade, que temos em mãos!. É como recomeçar tudo de novo, mas desta vez, com mais consciência, sem pressas, com maior foco nas condições e no nosso próprio negócio. O sector precisa duma voz e dum crescimento mais sustentável. Precisamos de melhor concorrência, mais conhecimento inter-pares, mais empatia e maior responsabilidade. Devemos serenar os Noivos, ajudar a criar um diálogo são e isento de pânicos. Não devemos acarinhar pressas desnecessários ou prometendo cenários híper optimistas. Devemos madurar sobre o futuro, que tipo de casamentos teremos pela frente e como os iremos realizar. Até lá e enquanto não estiverem reunidas as condições ideais, nada será como dantes.

Fiquem bem. Agora sim, vamos passar uma prova. Estaremos por nossa conta e precisamos de estar à altura das circunstâncias.

Naquele dia Todos somos Um!

XoXo | Mª João

imagem | Fotografamos

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